Autismo - Intervenção

Até hoje não há cura para a PDEA (Perturbação do Desenvolvimento e do Espetro do Autismo). Apesar disso, existe, felizmente, uma forte evidência de que uma abordagem educacional apropriada ao longo da vida, o apoio às famílias e aos profissionais e a existência de serviços de grande qualidade na comunidade podem melhorar significativamente a vida das pessoas com PDEA e as suas famílias.

Apesar dos esforços desenvolvidos nos últimos anos, subsiste ainda uma lacuna antiética entre conhecimento e oportunidades, e ainda é evidente que muito poucos cidadãos com PDEA beneficiam de programas baseados no atual conhecimento científico a que podem e devem ter direito.

À data, os programas que envolvem abordagens comportamentais para intervenção, os concebidos para melhorar a interação pais-criança e os que têm ênfase no desenvolvimento de competências sociais e de comunicação parecem ter a base de evidência mais forte (pelo menos a curto prazo).

No entanto, muitos outros elementos são essenciais para melhorar os resultados a longo termo.

Educação – o mais precoce possível, com especial atenção ao desenvolvimento social e comunicação, ao desenvolvimento escolar e comportamental, fornecida num ambiente o menos restritivo possível, por pessoal com conhecimento e compreensão tanto do autismo como do próprio aluno;

Um apoio na comunidade, acessível sob forma de agências de multi serviços apropriadas, que ajudarão cada indivíduo a realizar o seu próprio potencial e os seus objetivos de vida (escolhidos pelo próprio individuo ou por aqueles que o conhecem, amam e representam legalmente);

Acesso à gama completa de tratamentos médicos e psicológicos (adaptados, se necessário, para responder às necessidades de indivíduos com PDEA) que estão disponíveis à população em geral.

Provavelmente, o progresso destas crianças ao longo da vida será mais lento do que de outras crianças, mas ainda poderão viver vidas felizes e produtivas.